Depósito de Textos

Aqui o impossível se torna realidade...

"Na verdade eu não me lembro de muita coisa antes do dia da formatura. Talvez eu fosse uma adolescente revoltada, uma popular, ou somente mais uma garota perdida pelos corredores, eu realmente não sei. A única coisa que eu tenho certeza sobre a minha vida antes de tudo mudar é a noite da formatura. Dizem que é por ser o meu ultimo dia como humana, mas eu tenho uma teoria diferente sobre isso. Eu realmente acho que tudo antes daquela noite não passou de um sonho e que agora eu estou viva.
Viva e acordada."


*Eu não vou postar a sinopse por que estarei dando spoilers sobre os próximos acontecimentos, mas amanhã estou postando o primeiro caputilo da série. Realmente peço perdão por ter demorado tanto, é tudo culpa da minha vida pessoal!*

Ele segurou meu braço, me fazendo ficar a alguns centímetros de seu rosto. Meu coração bateu muito forte, mas eu tinha que ignorar isso. Ele tinha mentido, me enganado. A raiva tomou conta de mim, misturando-se com a decepção de confiar em alguém e descobrir que foi traída.
-Me deixe pelo menos te explicar.
Eu vi uma lágrima escorrer pelo seu rosto, mas não me deixei ceder:
-Eu não acho que meia dúzia de palavras me fará esquecer tudo, Georg.
Soltei meu braço e caminhei de volta para casa escondendo as lágrimas que escorriam incessantemente pelo meu rosto.
-Morgan, por favor...
-Eu estou cansada, Georg. Eu só quero dormir e quando acordar não ter mais você aqui para me lembrar o que aconteceu. Volte para o seu mundinho, com suas garotas, fotógrafos ou o que quer seja. Eu não quero me importar mais. Eu não quero sofrer mais.
-Eu não quis...Me perdoa...
A chuva começava a cair quando eu fitei o mar, esperando não olhá-lo.
-Esqueça isso, você não precisa do meu perdão.
-Pare de fugir, Morgan! Encare tudo daquele modo simples como você sempre fez! Vamos conversar e resolver tudo entre nós.
Eu me virei já sem me importar que ele visse as lágrimas no meu rosto.
-Eu já encarei, já entendi tudo e não quero mais sofrer.
-Eu te amo.
Eu nunca imaginaria ver Georg tão desesperado por algo. Todas as minhas células me diziam para enxugar as lágrimas e correr para seus braços, dizendo que estava tudo bem.
Mas na realidade dentro de mim nada estava bem.
-Adeus, Georg.



*Em breve estarei postando algo maior, como uma minissérie em vários capitulos.
Aguardem!*

O celular soou alto, quebrando o silencio da noite. Ainda sem enxergar direito, levei-o ao ouvido.
-quem é?
Não ouvi nada do outro lado da linha, apenas o barulho da chuva caindo. Eu sabia o que isso significava. Levantei-me e troquei o pijama pela calça de couro, o espartilho e escondi a arma de prata na bota. Abri a janela, olhando a noite chuvosa, mas nada pensei enquanto pulava da janela.
Continuei caminhando pela rua escura, até que avistei Arthur embaixo de um poste. Os cabelos revoltos, o olhar triste e perdido de sempre, mas o que me encantava era seu sorriso. Ele continuava mexendo no celular enquanto eu parava na sua frente:
-Qual o trabalho de hoje?
Ele levantou a vista, sorrindo e me olhou rapidamente:
-Vampiro desordeiro no Marley’s.
Então nós corremos até o Marley’s e vimos dois vampiros brigando. Um era Will, segurança do bar, mas o outro era desconhecido. Puxei a arma de prata e acertei um tiro no pé dele, que urrou de dor. Saímos de trás do arbusto e eu apontei a arma para seu coração enquanto me aproximava:
-o que você quer?
Ele não relutou em falar:
-Sangue.
Eu o joguei no chão e atirei em seu ombro, perto o bastante do coração para deixá-lo desacordado.
Fui até Arthur, que conversava com Will, mas só ouvi o final da conversa:
-...eles querem-na morta.
-Quem me quer morta?
Eles assustaram-se com a minha presença. Will até levantou e saiu, mas não me intimidei e sentei ao lado de Arthur, que disse:
-Os vampiros do sul querem tomar esta área, mas não podem fazer nada enquanto você estiver aqui.
-Que venham. Eu não tenho medo.
-Mas eu tenho medo por você.
Foi então que ele me puxou para perto de si e me beijou. Eu não esperava aquela atitude, não estava acostumada com esse tipo de demonstração de sentimentos, mas eu o beijei de volta com todo o meu coração, porque descobrira que também o amava. E foi por isso que eu o afastei de mim, olhando dentro dos profundos olhos azuis. Arthur parecia desconcertado quando uma lágrima escorreu do meu olho.
- Salve-se. Nós não temos a mínima chance.
Ele segurou a minha mão e disse:
-Eu não vou deixar que você faça isso sozinha. Eu vou ficar aqui, mesmo que esse seja o fim.
Talvez não fossem as palavras que eu queria dizer, mas com certeza eram aquelas que deveriam ser ditas:
-Não se iluda comigo: eu não amo você.
E meu coração despedaçou-se ao ver uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Ele soltou minha mão e andou para longe, me deixando com o grande peso da decisão tomada. Eu o amava mais que tudo, mas era covarde demais para vê-lo em perigo por mim.
Ele se foi.
E no fundo eu esperava que nos encontrássemos mais uma vez, mas essa era uma missão suicida e eu sabia que estava acabando com meus sonhos, minhas esperanças e o meu único e verdadeiro amor.

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Aqui você encontra alguns dos meus textos. Lugar onde sonhos são reais, amores são possiveis e a morte não pode nos deter. Sonhando e fazendo dos sonhos realidade!

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